Os jardins verticais definitivamente vieram para ficar. Bonitos e funcionais, chamam atenção e valorizam qualquer espaço. Por isso, cresce a cada dia a quantidade de pessoas desejando ter um jardim para chamar de seu. Se você é uma dessas pessoas, então definitivamente precisa estar atento para não cometer esses 7 erros que listamos abaixo, que inviabilizariam completamente essa possibilidade!

 

1. Não investir em um estudo específico para o jardim vertical.

Planejamento é fundamental para tudo nessa vida, não é mesmo? Portanto, para um jardim vertical também. Os itens a seguir são os mais importantes, mas não os únicos a serem analisados e estudados na hora de definir a viabilidade de um jardim vertical.

Um bom projeto, feito no momento certo, é essencial para gerar a maior economia financeira possível e deve prever não só o custo inicial do jardim, mas também os custos com a manutenção futura, um dos fatores que determinará a escolha do sistema construtivo, por exemplo.

Obs.: O momento certo, quando há essa possibilidade, é o momento em que o projeto de arquitetura (construção nova ou reforma) também está sendo feito. É nessa fase que todos os demais itens abaixo serão previstos e solucionados por todos os profissionais, inclusive a escolha da melhor parede a ser utilizada, evitando as dores de cabeça de ter que quebrar a casa depois de uma obra pronta (ou a de desistir de vez do sonho).

 

2. Não escolher o sistema construtivo ideal para o seu espaço.

Não basta escolher a parede ideal, considerando o destaque, a facilidade de acesso para manutenção e as funcionalidades do jardim vertical, mas também é preciso escolher uma dentre as diversas técnicas construtivas existentes hoje em dia no mercado.

São muitos os fatores que influenciam – peso final da estrutura do jardim, peso que a parede suporta, insolação direta, altura, sistema que segura mais a água da rega, sistema que segura menos, sistema que permite manutenção com maior facilidade, durabilidade da estrutura, custo de construção, custo de manutenção, entre outros.

Questione o seu paisagista sobre as vantagens e desvantagens de cada um antes de tomar a decisão final.

 

3. Não prever ponto de água próximo para a irrigação.

Você olha para uma parede e decide que o espaço é perfeito para um jardim vertical, mas se esquece de que plantas são seres vivos e precisam de água com certa frequência. Claro que essa frequência depende de um conjunto de fatores, mas saiba que há jardins que chegam a precisar de água todos os dias, mais de uma vez por dia. Já pensou no grau de dificuldade para regar o seu jardim sem nem uma gota de água por perto? Melhor você se certificar de que é possível ter um ponto de irrigação ali do lado.

Dica bônus: Em alguns casos, normalmente para jardins grandes, também pode ser necessário algum ponto de elétrica para instalação de bombas – fique atento e consulte um paisagista e um profissional de irrigação.

 

4. Acreditar que não precisa de um sistema de irrigação automatizado.

“Aaahh, mas o meu jardim é tão pequenininho! Eu me comprometo a regá-lo sempre.”

Não caia nessa cilada! É um tanto óbvio que para jardins grandes a irrigação automatizada é necessária, mas, acredite, nos pequenos também. Claro, não estou falando daqueles jardins realmente pequenos e mais simples do tipo faça você mesmo. Estou falando daqueles densos, que “fecham” a parede visualmente, cuja instalação precisa ser feita por jardineiros e/ou com equipe especializada na técnica construtiva escolhida, ou seja, aqueles que demandam certo investimento financeiro.

Um jardim desses pode parecer pequeno, mas a quantidade de mudas é razoável e a área a ser molhada também. Por mais que a sua disposição para regá-lo seja grande, lembre-se que você pode não estar sempre tão disponível quanto acredita e que falhas podem acarretar na perda de mudas (tanto a falta quanto o excesso de água podem ser fatais!).

Se você gastou uma quantia razoável do seu dinheiro para construir o seu jardim, acredito que não vá querer correr o risco de perder tudo (ou boa parte) e ter que gastar mais para refazer. Diante disso, acredite, o investimento em um sistema automatizado de irrigação é um valor pequeno a se pagar para garantir a sua liberdade e tranquilidade!

Além disso, a irrigação automatizada traz outros dois benefícios: ela distribui igualmente a quantidade de água que o seu jardim precisa, minimizando os desperdícios e diminuindo os custos na conta no final do mês; e ela pode incluir um sistema que injeta adubo líquido, garantindo que o seu jardim fique ainda mais saudável e tenha menores custos de manutenção.

 

5. Acreditar que um jardim vertical se mantém sozinho e não precisa de manutenção.

Por mais que alguns sistemas garantam uma menor necessidade de manutenção, ela sempre existirá! Toda planta precisa de cuidados especiais feitos de tempos em tempos, sendo eles: adubação (quando não houver o sistema acoplado à irrigação), podas e controle de pragas e doenças.

Uma vez que as plantas estão em espaços confinados de terra, o alimento ali presente acaba mais rapidamente do que o do solo, por isso precisa ser resposto de tempos em tempos. A deficiência de nutrientes poderá colocar todo o seu jardim em risco, uma vez que a planta poderá definhar até a morte ou, no mínimo, ficar mais sujeita aos ataques de fungos, pragas e outras doenças.

As podas garantem um aspecto visual mais agradável, além de evitar que uma muda sufoque a outra ao lado ou embaixo. Também é necessária para a retirada de partes danificadas, doentes e as flores e folhas secas.

Por último, entenda que fungos, pragas e doenças aparecerão sempre. Plantas saudáveis são um prato cheio para eles e plantas debilitadas são o alvo mais fácil, por isso é preciso fazer um controle constante. Felizmente contamos com produtos não tóxicos no mercado, que podem ser utilizados sem colocar a saúde da família em risco, portanto prefira sempre o uso desses na hora de cuidar do seu jardim!

 

6. Não prever o escoamento da água da rega.

Você instalou o sistema de irrigação pensando que não haveria desperdício de água? Bom, não é exatamente assim. Desperdício zero não existe! Em algum momento a água vai descer pela parede e molhar o piso, não tem jeito.

Se você não quiser ver aquela lambança na sua sala, varanda ou corredor, não se esqueça de pensar que precisará de um ralo ou que precisará coletar essa água de alguma maneira. Há sistemas que permitem a instalação de uma calha em lugares onde não é possível instalar um ralo.

 

7. Querer ter o seu jardim em lugar sem iluminação natural adequada.

Sim, existem plantas de sombra que pedem iluminação indireta, mas não acredite que será viável ter um jardim lindo e saudável longe da luz natural.

E, sim, existe iluminação específica que substitui a luz do sol, mas esse artigo se aplica aos casos comuns e um sistema desses exige um estudo específico envolvendo outros profissionais, além de um investimento razoavelmente maior. Se esse é o seu caso e você tem condições de realizar o seu sonho, sem problemas! Mas se não for, melhor não insistir e repensar a localização da sua parede verde.

 

Esses foram os 7 principais erros que poderiam inviabilizar a realização do seu sonho de ter um jardim vertical. Nós esperamos que você tenha gostado e adoramos feedback, portanto, se você achou que o artigo foi útil, deixe aqui o seu comentário e compartilhe esse texto com os seus amigos!

Se você quiser tirar alguma dúvida pode escrever para “contato@liliancasagrande.com.br” ou também pode escrever aqui nos comentários. Quem sabe a sua dúvida não vira um próximo post? Ainda abordaremos bastante sobre o tema por aqui e vamos adorar receber sugestões.

Até breve!